Nasci para correr contra o vento
de braços abertos e espírito solto,
gritando o meu tormento
num dueto que escuto.
Nasci para sentir a leve brisa gelada
a acariciar o rosto
pálido de desgosto,
a consolar lágrimas de geada.
Nasci para parar no alto do precipício
contemplando o murmúrio
sussurrado ao ouvido:
de um sossego de outro mundo.
Nasci! Para saltar e embraçar o vento
na necessidade de voar que sinto,
de num salto trespassar o instinto,
forte no grito!
Márcio Freitas
ANA
Editorial Minerva
Vêm ou veem?
Há 4 meses
Sem comentários:
Enviar um comentário